Os estudantes sofrem para tirar dúvidas com os professores e os trabalhadores estão utilizando aplicativos de mensagem para suas atividades
Qual foi o impacto do isolamento social para os estudos e o trabalho? Foram essas as duas perguntas que nortearam o estudo Painel TIC Covid-19, conduzida por Cetic.br, Nic.br e Cgi.br, com 2.728 respondentes.
Educação à distância
Segundo o levantamento, 88% de quem está no ensino superior acompanhou as aulas pela internet. A maior parte dos estudantes, considerando também os de ensino fundamental e médio, assistiram as aulas por meio de sites, redes sociais ou plataforma de videoconferência — e 55% das escolas ofereceu aplicativo próprio de educação à distância.
O celular se mostrou o meio mais usado pelos entrevistados: 37% deles utilizam o aparelho para estudar. O índice foi puxado pela classe DE, na qual 54% dependem do smartphone para acompanhar as aulas.
Mas há barreiras educacionais. A principal delas, que se repete em todas as classes, é a dificuldade de tirar dúvidas com professores. A classe E é a que mais sofre com a baixa qualidade ou falta de conexão com a internet. E o motivo número 1 para não acompanhar as aulas – em todas as classes – é a necessidade de 56% dos estudantes procurarem emprego.
Home office
O estudo revela que 82% dos profissionais fez home office exclusivamente por conta da pandemia. Diferentemente da educação, o computador é o dispositivo mais utilizado (77%) para trabalhar.
Os principais apoios que as empresas ofereceram aos funcionários no home office são: acesso remoto a pastas e arquivos via nuvem ou VPN e softwares corporativos. Os aplicativos de mensagem instantânea despontam como a tecnologia mais utilizada para realizar atividades profissionais.
E a maior parte das empresas não pensou na ergonomia do trabalho remoto: a oferta de móveis e cadeiras ficou em último lugar na lista de benefícios oferecidos.
Fonte: Você S/A – Por Elisa Tozzi
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