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Brasil abre 414,5 mil vagas de trabalho com carteira em novembro

Ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que resultado mostra recuperação em “V”

Pelo quinto mês consecutivo, o país criou vagas de trabalho com carteira assinada. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia houve um saldo de 414.556 postos trabalho em novembro. No mesmo período do ano passado, foram criadas 99,2 mil vagas.

O resultado decorreu de 1.532.189 admissões e de 1.117.633 desligamentos. O número de vagas criadas ficou acima da mediana das projeções do Valor Data, que indicavam 300 mil novos postos em novembro.

Ao comentar o resultado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os dados mostram que o Brasil tem retomada da economia em “V”. “Só negacionismo pode negar os números num ano com criação líquida de empregos”.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, era de 39.036.648 vínculos em novembro, alta de 1,07% em relação ao estoque de outubro. No acumulado do ano, foi registrado saldo de 227.025 empregos, decorrente de 13.840.653 admissões e de 13.613.628 desligamentos, considerados os ajustes até novembro de 2020. Com isso, o país recupera as perdas dos piores meses da pandemia quando mais de 1,5 milhão de empregos foram perdidos.

Comércio e serviços foram os setores que mais criaram emprego formal em novembro: 179.077 e 179.261, respectivamente. Também foram criados 51.457 postos na indústria e 20.724 vagas na construção. Já a agricultura fechou 15.353 vagas com carteira assinada.

Salário inicial

Os dados do Caged indicam que, na média do país, o salário médio de admissão em novembro foi de R$ 1.684,35, redução real (descontada a inflação) de 1,38%, ou R$ 23,64.

Entre as maiores quedas nos salários médios de admissão estão a agricultura, com queda de 1,51%, no mesmo critério de comparação.

Na construção, comércio e serviços também houve redução, com variações negativas de 0,98%, 2,81% e 1,34% em termos reais.

Regiões

As cinco grandes regiões brasileiras tiveram saldo positivo na geração de postos de trabalho com carteira assinada em novembro.

A região que abriu maior número absoluto de vagas foi o Sudeste, com 215.059 postos de trabalho, o que significa 1,08% a mais que o mês anterior.

O maior aumento relativo, porém, se deu na região Sul, com criação de 92.610 postos de trabalho e avanço de 1,28% na mesma comparação. No Nordeste foram abertas 71.879 vagas, com alta de 1,14%.

Centro-Oeste e Norte criaram, respectivamente 19.421 e 16.187 postos com carteira assinada em novembro.

As 27 unidades da federação registraram saldos positivos, lideradas por São Paulo, com criação de 138.411 postos, Santa Catarina, com 33.004 vagas criadas, e Minas Gerais, onde foram gerados 32.894 empregos com carteira assinada.

Reforma trabalhista

Em novembro, houve 20.429 admissões e 9.340 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, com um saldo de 11.089 empregos, envolvendo 6.827 estabelecimentos contratantes. Um total de 222 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

Já a jornada em regime de tempo parcial teve saldo de 4.683 postos de trabalho no mês, resultado de 16.645 admissões e 11.962 desligamentos. No período, a movimentação envolveu 11.231 estabelecimentos contratantes e 37 empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.

Trabalho intermitente e em regime parcial são modalidades de contratação que foram permitidas a partir da reforma trabalhista, em vigor desde o fim de 2017.

Fonte: Valor Econômico – Por Marta Watanabe

23 de dezembro de 2020

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