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Desigualdade de gênero no trabalho só acabará daqui a 257 anos, aponta Fórum Econômico Mundial

A desigualdade de gênero no local de trabalho aumentou este ano e, nesse ritmo, teremos que esperar 257 anos para alcançar a paridade, alertou o Fórum Econômico Mundial (WEF).

O relatório anual do órgão, elaborado em 153 países, contempla a paridade entre homens e mulheres nas áreas de saúde, educação, trabalho e política. O estudo registrou melhorias em todas as áreas, exceto na trabalhista. O avanço neste ano é atribuído em grande parte ao aumento significativo do número de mulheres na política.

As áreas da escolaridade e da saúde estão bem próximas da paridade (96,1% e 95,7% respectivamente).

Já quando o assunto é mercado de trabalho, o indicador não é dos melhores. Apesar da diferença ser menor do que era há quinze anos, a desigualdade subiu em 2019 chegando a 257 anos, contra os 202 do ano anterior, com uma diferença salarial global de 40%.

O relatório atribui essa disparidade econômica à “baixa proporção de mulheres em cargos gerenciais, ao congelamento de seus salários e à sua baixa participação na força de trabalho e na renda”.

O relatório destaca, entretanto, que em diminuiu para 99,5 anos o tempo para alcançar uma paridade média global, em comparação com 108 do ano passado.

Os países nórdicos continuam a dar o exemplo em termos de igualdade. A Islândia ainda é o país mais igualitário do mundo, seguido pela Noruega, Finlândia e Suécia. Entre as outras 10 principais economias estão Nicarágua, Nova Zelândia, Irlanda, Espanha, Ruanda e Alemanha.

Brasil precisa de mais de 59 anos para ter igualdade de gênero

O Brasil subiu 3 posições no ranking, na comparação com o ano passado, e ficou na 92ª posição.

Apesar dessa melhora, o Brasil tem, segundo o relatório, uma das maiores desigualdades de gênero na América Latina, ocupando o 22º lugar entre 25 países da região. As maiores disparidades no país são verificadas na participação política e nos salários.

Na América Latina e no Brasil, mantido o ritmo atual, a desigualdade entre homens e mulheres vai demorar pelo menos 59 anos para desaparecer, segundo o estudo. Na Europa Ocidental, o tempo é estimado em 54 anos. Já o leste da Ásia, serão necessários mais 163 anos.

Diferenças entre regiões

A situação geral de paridade difere, no entanto, de acordo com países e regiões.

Por regiões, a Europa Ocidental é a mais avançada em termos de paridade pelo 14º ano consecutivo, já compensando 77% das diferenças entre os sexos, embora, na taxa atual, demore 54 anos para alcançar a igualdade.

A região da América Latina e do Caribe precisará de 59 anos para atingir a paridade, a África Subsaariana 95 anos e na América do Norte, onde as diferenças de gênero melhoraram no Canadá, mas pioraram nos Estados Unidos (que caíram duas posições no ranking, passando de 51º para 53º), levará 151 anos.

Síria, Paquistão, Iraque e Iêmen mostram as diferenças de gênero mais acentuadas entre os países analisados e, entre as 20 principais economias do mundo, a Alemanha ocupa a melhor posição no ranking de igualdade de gênero, na décima posição, seguida pela França (15ª) , Canadá (19ª) e Grã-Bretanha (21ª).

Fonte: G1 – Por: France Presse

18 de dezembro de 2019

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